Meia-hora se passou. Provavelmente mais. Ele decide pegar o resto dos comprimidos. Ao ficar sentado, sente algo cair sobre suas pernas. Eram lágrimas. Centenas delas. Ele tenta pegar a caixa, mas tudo que alcança é a garrafa. Ele dá outro gole. Grande. E se afunda novamente.
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Nova escola. Novas pessoas. Nova vida.
Mesmos erros.
Ele acabou encontrando novos e bons amigos. Mas não ia se arriscar de novo. Testava-os. Sutilmente e durante muito tempo. Passaram. Ele ficou feliz. Parou de testar.
Mesmos erros.
Outros chegaram. Eram seus "amigos". E por trás mentiram, inventaram, manipularam. Traíram.
"Eles estão te usando. Acorda". Ele acordou. E viu o que realmente ocorria. Ele se fechou. Parou de confiar. Parou de acreditar. Parou de amar.
Já não tinha encontrado ninguém. Nem de longe sequer parecido com o que sentiu por ela.
E ainda quando à sua casa chegava, sua crença de auto-inutilidade só aumentava.
E a esperança já só emitia um bipe no medidor. E respirava graças ao boca-a-boca de quatro pessoas.
17.4.09
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Um comentário:
Gostei, de novo. Gosto da maneira que escreves. É bem realista; dá pra sentir a dor do personagem.
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